segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Domingo – dia 25 de janeiro – Caruaru
Resolvemos transformar a nossa “Expedição” em exposição fotográfica e fonte de pesquisa para quem quer viajar por uma rota muito conhecida e fascinante – saindo do Nordeste do Brasil e chegando via Bolívia à Capital do Império Inka – Cusco com direito ao Vale Sagrado, Lago Titicaca – Machupichu – uma das Sete Maravilhas do Mundo e La Paz com Altiplano Boliviano.
Vamos trabalhar também o retorno, com um grupo de amigos, no mês de junho – para participação na Cerimônia de Solstício Inka – entrada do inverno – Festa do Sol (Inti Raymi), Machupicchu e tour por Cusco – o melhor do barroco hispânico – Inka, Valle Sagrado de los Inkas, San Blás – com direito a shows folclóricos e o melhor da culinária Criolla/Andina!!
Vamos agora com alguns números e roteiros!

Exposição Da Capital do Forró à Capital do Império Inka

* Número de dias:

- Estrada – 18
- Rio de Janeiro – 7
- Cusco – 38
- Ilha de Itaparica - 8

Roteiro da ida
* Caruaru (PE) / Ilha de Itaparica (BA) / São Mateus (ES) / Rio de Janeiro / Boituva (SP) / Água Clara (MS) / Campo Grande (MS) / Santa Cruz de la Sierra (Bol) / La Paz (Bol) / Puno (Peru) / Cusco (Peru).

Roteiro de volta
* Cusco (Peru) / Puno (Peru) / Cochabamba (Bol) / Santa Cruz de la Sierra (Bol) / Corumbá (MS) / Ribas do Rio Pardo (MS) / Patos de Minas (MG) / Vitória da Conquista (BA) / Ilha de Itaparica (NegritoBA) / Caruaru (PE).

Cidades /pernoites / diárias

1 – Ilha de Itaparica (BA) – 8 – ida e volta – em casa!

2 – Vitória da Conquista (BA) – 1 – volta – 30 reais!

3 – São Mateus (ES) – 1 – ida – 60 reais

4 – Rio de Janeiro – 7 – ida – em casa!

5 – Boituva (SP) – 1 – ida – 50 reais!

6 - Água Clara – (MS) – 1 – ida – 90 reais!

7 – Campo Grande (MS) – 1 – ida – em casa

8 - Corumbá (MS) – 2 – ida e volta – 160 reais

9 – Santa Cruz de la Sierra (BOL) – 2 – ida e volta – 50 dólares

10 – Cochabamba (BOL) – 2 – ida e volta – 25 dólares

11 – La Paz (BOL) – 1 – ida – 20 dólares

12 – Puno (Peru) – 2 – ida e volta – 30 dólares

13 – Cusco – 38 – 250 dólares

14 – Ribas do Rio Pardo (MS) – 1 – volta – 50 reais

15 – Patos de Minas (MG) – 1 – volta – 60 reais

Cidades visitadas no Vale Sagrado
- Pisaq
- Chinchero
- Ollantaytambo
- Ccorao
- Urubamba
- Águas Calientes
- Machupicchu

Custos Operacionais
- Óleo Diesel + outras despesas – R$ 4.000
- Hotel – 500 reais + 375 dólares
- Refeições – 1 mil reais (média)
- Pedágios – Brasil / Bolívia / Peru – 200 reais em média
- Propina – 50 dólares
- Outras despesas – a calcular
CUSTO FINAL - + ou – 8 mil reais.

Quilometragem
- Caruaru / Cusco / Caruaru – o trajeto total entre as duas cidades – com passagem pelo Rio de Janeiro e volta por Minas Gerais – varia 11 mil e 500 a 12 mil quilômetros + trânsito no geral – 2 a 2 mil e 500 kilômetros.

- Os números são aproximados – rodamos bastante no Rio de Janeiro, na Ilha de Itaparica e principalmente em Cusco e no Vale Sagrado.

domingo, 25 de janeiro de 2009


Rio Paraguaçu - Cachoeira de São Félix/BA - foto: Victor Vargas

71º dia – domingo – dia 18 - Ilha de Itaparica/ Caruaru
Vamos fazer um balanço geral – com números e roteiros da nossa Expedição "Da Capital do Forró à Capital do Império Inka" – assim que pudermos – logo na chegada em Caruaru!
Saímos cedo! Despedidas e saída da Ilha de Itaparica – optamos por sair pela BR 101 – cortamos Nazaré das Farinhas – passamos por Santo Antônio de Jesus no encontro com a BR – cortamos o Rio São Francisco - deslizamos até a saída para Arapiraca – Palmeira dos Índios – subimos a Serra das Pinhas – entramos em Pernambuco por Bom Conselho – logo apareceu Garanhuns – descemos a Serra e chegamos em Caruaru com 850 kilômetros rodados às 8 horas da noite!! Era o retorno de uma Expedição recheada de emoções e com visões de regiões consideradas especiais na geografia do mundo do turismo internacional! Amanhã, vamos fechar com números algumas sugestões para quem pretende conhecer o inóspito e parte do que sobrou – ruínas e personagens de um dos impérios mais importantes constituídos na história da humanidade – “O Império Inka”!!!!!

Delícia baiana - a moqueca - site Viva Brazil

70º dia – sábado – dia 17 - Ilha de Itaparica
Arrumação e despedidas na Ilha de Itaparica!! Banho de mar regado com cervejas e delícias da culinária afro-bahiana, como essa moqueca, receita seguida pelo nosso amigo Marquinhos, que cozinha divinamente!!



Moqueca baiana

Ingredientes:


2 kg de peixe robalo ou vermelho em postas
3 tomates sem sementes em cubos
2 cebolas em cubos
1 molho de coentro picado
Suco de 4 limões médios
200 ml de azeite de dendê
500 ml de leite de coco
Sal a gosto

Modo de Preparo:


Lave bem as postas de peixe e reserve . Misture a cebola, o tomate, o sal e o coentro picado
Em uma panela de barro, faça camadas de peixe e temperos, começando e terminando com os temperos. Regue com o leite de coco e leve ao fogo alto com a panela destampada por 15 minutos. Quando estiver fervendo, regue com o azeite de dendê e aguarde levantar fervura novamente, ainda com a panela destampada. Regue com o suco de limão quando estiver borbulhando e tampe a panela, deixando o prato apurar por mais 15 minutos.
Sirva com arroz branco, pirão feito com o caldo da própria moqueca e molho de pimenta.

*Imagem do site www.vivabrazil.com/vivabrazil/moqueca.htm

Dolce far niente - foto: Gabriela Kopinits

69º dia – sexta – dia 16 - Ilha de Itaparica
Banho de mar na Ilha de Itaparica! Com direito de mirar Salvador e se lambuzar de moquecas de peixe vermelho, siri catado e lambretas de entrada!!

Papoulas na ilha - foto: Victor Vargas

68º dia – quinta – dia 15 - Ilha de Itaparica
Observamos a maré encher e vazar! Passeios em Vera Cruz – capital do lado Salvador da Ilha – a localidade onde está o comércio varejista, as agências bancárias e a estrutura de poder do município – na realidade a questão foi política – veja só! Ilha de Itaparica – a maior ilha marítima do País – dois municípios – de um lado – aquele que dá pras ilhas de Maré – do Medo – dentre outras – com visão pro Recôncavo – a capital aí é Itaparica – cidade que dá nome à ilha – com casario colonial – porto – marina e todos os quitutes da culinária afro-bahiana – terra de terreiros da essência do candomblé e berço dos Tupinambás – acho exagero dois municípios – é o mesmo sol e omesmo acarajé!! É sempre bom estar na Ilha!!! Vamos fazer um balanço geral da Expedição logo na chegada em Caruaru!! Números e roteiros para quem se interessar!!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009




Batismo nas águas de Mamanjá - Odo Iya!!! - foto: Gabriela Kopinits

67º dia – quarta – dia 14 - Ilha de Itaparica
Batizamos Pitchu Pitchu nas águas de Mamanjá com a presença da Vó Minininha e dos amigos Geovana, Hugo e Joelita. Cuscuz, bolo e mingau - tudo de tapioca. Estamos nos recuperando e vamos partir para fechar a Expedição! Continuamos aguardando os resultados do Conselho da Empresa de Festejos de Cusco e da Universidad Nacional San Antonio Abad del Cusco – estamos bem e esperançosos, descansando na Ilha de Itaparica!! Ari Munani!!



O paraíso tem nome e sobrenome: Ilha de Itaparica - foto: Victor Vargas

66º dia – terça – dia 13 – Ilha de Itaparica
Vistamos a sede do município e nos deleitamos com o melhor acarajé da Ilha. Sol quente e clima de verão na Ilha. Estamos todos bem e nos preparando para a reta final da Expedição – resolvemos cortar Salvador e realizar algumas visitas a pessoas queridas e à Igreja do Senhor do Bonfim para agradecimentos e recarga de energia!!!

"o barquinho vai, a tardinha cai" - foto: Gabriela Kopinits

65º dia – segunda – dia 12 – Ilha de Itaparica
Descanso e banho de mar na Isla de Itaparica. Estamos na Barra do Gil – localidade de Vera Cruz – olhando para Salvador!!
Casario de Itaparica - foto: Victor Vargas


Memórias de um passado nobre na Penha - foto: Gabriela Kopinits

Sobrado na ilha - foto: Victor Vargas
Vera Cruz
Localizado na Ilha de Itaparica - a maior ilha marítima do Brasil - o município de Vera Cruz ocupa 87% da área da Ilha.Em 1553, ainda habitada por índios Tupinambás, a Ilha é doada pelo 1º Governador do Brasil, Tomé de Souza, à sua tia, Dona Violante.O primeiro povoado surge no ano de 1560, quando os portugueses erguem, na localidade denominada Baiacu, a primeira igreja da Ilha ( 2ª Matriz do Brasil ), sob as bênçãos do Nosso Senhor da Vera Cruz; daí a origem do nome do Município. Durante mais de um século, a Ilha é local de plantação de cana-de-açúcar e de criação de gado bovino; em seguida, a pesca da baleia passa a ser a principal atividade econômica até o final do século XVIII. Vera Cruz emancipa-se politicamente, desmembra-se do município de Itaparica por força da Lei Estadual nº 1773/62. Com o passar dos anos, rapidamente Vera Cruz assume a sua verdadeira vocação, tornando-se um dos pontos turísticos mais visitados do país e o primeiro destino turístico da Bahia.

Por Zéu Barbosa – site da Prefeitura de Vera Cruz – Isla de Itaparica



A bella Isla de Itaparica - igrejinha da Penha - foto: Victor Vargas

64º dia – domingo – dia 11– Vitória da Conquista / Ilha de Itaparica (BA)
Saimos cedo de Vitória da Conquista – talvez a cidade mais fria do Sudoeste bahiano e deslizamos pela BR-116, a Rio–Bahia, até Jequié – onde entramos para fazer a travessia para a BR-101 – passamos por pueblocitos bahianos e chegamos a Laje – na beira da BR-101! A estrada está em petição de miséria, esburacada e sem sinalização.


Rapidamente alcançamos Santo Antônio de Jesus, deixamos a 101 e pegamos a BA 01 – passando pela famosa Nazaré das Farinhas – terra dos Caxixis! Entramos na Ilha de Itaparica por volta das 13 horas e fomos almoçar com Minininha e Tyson na Barra do Gil! Vamos fazer uma paradinha para descanso da Cia que ninguém é de ferro – vamos tirar a inhaca da Bolívia e nos recarregarmos para a reta final da Expedição em Caruaru – banho de mar e o melhor da culinária afro – haja acarajé!!!



Estradão e lua cheia para a Bahia de Todos os Santos - foto: Gabriela Kopinits

63º dia – sábado – dia 10 – Patos de Minas / Vitória da Conquista (BA)
O café da manhã foi num posto de gasolina com direito a conversa com a esposa de um caminhoneiro de Mossoró, no Rio Grande do Norte! Pense num Estado grande! Sabíamos que estávamos cortando Minas pelo meio! Região rica e caminho para Pirapora e Montes Claros! Estávamos chegando na pontinha do mapa da divisa com a Bahia. Almoçamos na Pólo Montes Claros e percebemos a mudança radical de paisagem! Vimos o Rio das Velhas e sentimos a energia do Velho Chico! Antigamente, o vapor saía de Pirapora e ia até Juazeiro na Bahia – divisa com Pernambuco, em Petrolina – hoje essa viagem ficou inviável pela ação do tempo e os bancos de areia no percurso do Vapor – barragens e hidroelétricas deixaram as populações ribeirinhas isoladas! Entramos na Rio – Bahia no final da tarde e tomamos o rumo de Vitória da Conquista – onde dormimos e nos deliciamos com uma Marguerita made in Bahia!! Ari munani – rumo à Ilha!!!

Design futurista na divisa MS/MG - foto: Victor Vargas

62º dia – sexta – dia 09 – Ribas do Rio Pardo / Patos de Minas (MG)
Passamos uma noite tranqüila em Ribas – percebemos que a pequena cidade – na pontinha do mapa – perto de Água Clara – é colônia dos paranaenses da soja. Optamos por cruzar o Estado de Minas Gerais – muito grande - e entrar pelo Sudoeste bahiano com acesso pela famosa Rio – Bahia. Saimos cedo e logo cortamos a pontinha do mapa no Mato Grosso do Sul. A entrada em Minas Gerais foi festejada sob uma ponte com design futurista e marco da arquitetura mineira.
Região de terra vermelha e fértil - foto: Victor Vargas
Sentimos o paladar da comidinha caseira mineira em Iturama – passamos a tarde cortando as Minas Gerais – Campina Verde e logo na sequência a majestosa Uberlândia – estrela do triângulo mineira e pólo de irradiação de riquezas com indústrias e pastos reluzentes de boi zebu!! Levamos um tempão cortando o triângulo e fomos dormir em Patos de Minas – outra cidade-pólo e com destaque numa agropecuária que é referência no país. Patos de Minas é centro de uma das regiões mais frias de Minas Gerais. Dormimos bem e nos deliciamos na noite do interior mineiro!!

Solo rico e fértil do Mato Grosso - foto: Victor Vargas

61º dia – quinta – dia 08– Corumbá (MS) / Ribas do Rio Pardo (MS)
Perdemos o café da manhã, nos atrapalhamos com o fuso horário e tivemos que voltar à Bolívia para darmos a saída do carro e a nossa na Imigração boliviana. Isso, porque quando atravessamos a fronteira, não havia mais ninguém. Posto deserto. Disseram que ficam lá até as 19h, depois só no dia seguinte.
Em Puerto Quijaro, realizamos as operações legais e fomos almoçar em um restaurante brasileiro com sotaque de boliviano do Paraguai. As cholas sumiram e com elas o encanto dos Aymarás.
Saímos por volta das duas da tarde para a estrada e encaramos o retorno pela Transpantaneira com destino a Campo Grande – capital do Mato Grosso do Sul. A estrada é boa e a paisagem pantaneira encanta com sua fauna cruzando a pista e uma flora exuberante. A parte mais cara da viagem no Brasil é essa! Miranda aparece como a Capital do Tudo Caro! O diesel chega a R$ 2,40 e uma coca de 600 ml bate 4 reais!! Cortamos Campo Grande e esticamos para Ribas do Rio Pardo onde pernoitamos com conforto hum hotelzinho simpático de beira de estrada!! Amanhã vamos entrar nas Minas Gerais, UAI!!!

Estrada do Pó Vermelho, entre Santa Cruz e San Jose de Chiquitos - foto: Victor Vargas

60º dia – quarta – dia 07 – Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) / Corumbá (MS)
Acordamos e fizemos um desayuno tipicamente boliviano – cambiamos uma plata no Bimodal e traçamos uma saída já sabendo que o trânsito na Estrada do Pó estava fluindo com tranqüilidade. Coisa de boliviano – na saída de Santa Cruz encontramos uma ponte fechada para manutenção e passamos cerca de três horas aguardando a liberação. A nossa meta era cortar a Estrada do Pó até San José de Chiquitos antes do anoitecer!
Encontro e amizade nordestina no meio da poeira - foto: Victor Vargas
No meio da poeira conhecemos o casal Pe. Filadelfo de Garanhuns e sua esposa, uma paraibana de Pombal. Morando na região há dezoito anos, o casal nos falou de hotelaria e um SPA que está sendo contruído em plena floresta do Chaco Boliviano – a região é bonita e inóspita!!
Flagrante do vôo na estrada - foto: Victor Vargas
Entramos em Roboré para abastecer e encontramos – pasmem – o Trem da Morte na sua parada de jantar – comemos uns pasteizinhos de queso calentitos, abastecemos e seguimos viagem – agora no asfalto de categoria até Corumbá = chegamos por volta das duas da matina e dormimos dentro de um caldeirão – a Capital do Pantanal é quente e ferve durante o verão!! Dia pesado de trombadas com bolivianos - o presidente deles havia acabado de baixar uma lei para estrangeiro pagar quase o triplo no preço do combustível - e muito pó vermelho empestiando a nossa bagagem!! Chegamos inteiros e cansados no Brasil!!!
Nota da Mama de Pitchu Pitchu - Pense num alívio em termos saído dali... A natureza na Bolívia é linda mas a falta de estrutura estraga o país... Ainda bem que, de nós três, Pitchu Pitchu pareceu a menos incomodada com tanto primitivismo! Eu, que gosto de tudo organizado, funcionando, pessoas respeitando os direitos das outras, comemorei e muito a volta ao Brasil. Fala sério, não tem lugar melhor do que o nosso próprio país, a despeito da violência e da desigualdade social.



Chola na travessia da fronteira entre Peru e Bolívia - foto: Victor Vargas

59º dia – terça – dia 06 – Cochabamba / Santa Cruz de La Sierra (Bolívia)
Acordamos para um desayuno continental e começamos a descer a Cordilheira Oriental por volta das duas da tarde. O primeiro bloqueio na estrada nos assustou! Alguns caminhoneiros estavam pernoitados numa longa fila – na realidade, as chuvas haviam causado um deslizamento de terra e o trânsito estava parado há quase dois dias.



O deslizamento de terra bloqueou a estrada na saída de Cochabamba para Santa Cruz e provocou um engarrafamento de dois dias - foto: Victor Vargas

Saímos furando a filha com a prerrogativa de PRENSA INTERNACIONAL e chegamos até o local do deslizamento. Por obra da generosidade de um oficial boliviano, conseguimos cortar uma longa e quilométrica fila de angustiados e sofridos caminhões, bus e vans e conseguimos chegar a Santa Cruz de la Sierra por volta da meia-noite. Cansados e famintos, fomos dormir em um hotel perto da Bimodal Estação Ferroviária e de Bus da cidade que odeia Evo e briga por emancipação. Comentamos que ali nem parece que é Bolívia – o frio acabou e as cholas sumiram das ruas – a mistura é estranha – adormecemos com a esperança de sucesso no trecho mais perigoso da Expedição – sabíamos que encararíamos de novo a Estrada do Pó Vermelho!!! Que venha o pior – se é que a barra do deslizamento de terra já nos havia brindado com cenas de terror e sofrimento de um povo forte e carente de infra-estrutura!!!




O Titicaca com os Picos Nevados - foto: Victor Vargas






Titicaca, chegando em Copacabana/Bolívia - foto: Victor Vargas




No Titicaca, criatório de trutas - foto: Victor Vargas




Para dor de cabeça, hojas de coca - foto: Victor Vargas

Entrando em Puno - foto: Victor Vargas

58º dia – segunda – dia 05 – Puno / Cochabamba (Bolívia)
Acordamos cedo e não imaginávamos que iríamos bater o nosso próprio recorde de estrada. A princípio, a meta seria apenas entrar na Bolívia, fazer compras em Copacabana e dormir em La Paz. Chegamos na hora do almoço na fronteira, depois de passar toda a manhã margeando o fantástico Lago Titicaca – atravessamos a fronteira do Peru sem problemas! Na Bolívia esperamos cerca de duas horas para passar na Aduana – pulamos todas as fogueiras e ficamos totalmente legalizados para cortar a velha e boa Bolívia. Nada pra ninguém – toda a documentação tinindo!!!

Como há centenas de anos, pueblocito em Puno - foto: Victor Vargas
Em Copacabana almoçamos uma trutcha de cativeiro e fizemos umas comprinhas básicas na loja do amigo César! Simpatia, água geladinha, bons preços e produtos bacanas. Saímos e fomos para o Estreito de Tiquina atravessar o Titicaca com destino à capital La Paz!! As paisagens às margens do Lago encantam e nos deixam a certeza que estamos atravessando um pedaço especial do planeta!! Chegamos em La Paz e resolvemos avançar para Cochabamba! Entramos na capital da Bolívia e começamos a cortar o Altiplano por volta das dez da noite com vontade de chegar!! O cansaço e a vontade de dormir eram grandes mas, para descansar, só duas opções: dormir em alojamientos de beira de estrada (não recomendo a ninguém!) ou dormir no carro. Com bebê, nenhuma das duas seria aceitável. De modo que tocamos em frente. Entramos em Cochabamba por volta das três e meia da matina e fomos descansar em um hotel no centro da cidade!! Estamos todos bem!! Dispostos e com vontade de chegar!!!

domingo, 4 de janeiro de 2009


A exuberância das paisagens da Cordilheira nos acompanharam por todo o trajeto - foto: Victor Vargas

57º dia – domingo – dia 04 – Cusco / Puno (Peru)
Acordamos cedo e com o corpo cansado da arrumação de saída. Desayuno com os quéchuas, atualização do blog e bagagem a bordo. Conseguimos sair por volta do meio-dia. Tempo bom, sem chuva e despedidas pelas calles de Cusco. Algo nos diz que voltaremos em breve ao Valle Sagrado de los Inkas. Saímos por San Gerônimo, a cidade estava tranqüila com pinta de domingão e, como sempre, repleta de pessoas do mundo todo – nunca vimos tanta gente de tantas partes do planeta – todos conectados com os mistérios das montanhas e de uma cultura forte e envolvente – Salve o Povo Inka!!

O majestoso cenário dos Picos Nevados Andinos - foto: Victor Vargas

Começamos o processo de retorno cortando a Panamericana e fazendo a marcação da Transoceânica! Vários pueblocitos e um cenário de Picos Nevados, pastos e uma altitude que oscilou entre 4 e 5 mil metros nos levou, passando por Juliaca, para uma primeira escala na Capital Folclórica do Peru – assim é conhecida a cidade de Puno. Voltamos e pernoitamos no Horel Arequipa, onde encontramos uma Expedição com cInco motoqueiros de São Paulo – que viajavam para Cusco e com retorno previsto pela Floresta Amazônica. Trocamos experiências e saboreamos uma Marguerita feita num forno de lenha. Estamos todos bem e dispostos para um retorno ao Brasil. Amanhã vamos cruzar aduanas, imigraciones e outros setores sempre difíceis quando se trata de Bolívia.

Saqsaywaman, templo de cerimônias sagradas dos inkas (foto: Victor Vargas)
56º dia – sábado – dia 03 – Cusco
O dia amanheceu sob a constante névoa que acompanha este período chuvoso aqui na Cordilheira. A chuva deu uma trégua e fomos às seis e meia da matina – sem desayuno – até Saqsaywaman – afinal, somos vizinhos. Fomos recebidos pelos funcionários do Instituto Nacional de Cultura – órgão que administra as Ruínas de los Inkas. Passeamos e sentimos a energia de um dos mais importantes locais de defesa e de fé dos Imperadores Inkas – fomos acompanhados em todo o trajeto pela nossa guia – a cadelinha SAQ que depois descobrimos que é a guardiã da área.
A cadelinha Chiquinha, que nos acompanhou em nossa visita (foto: Victor Vargas)


Vista da Plaza de Armas, de Saqsaywaman (foto: Gabriela Kopinits)
Grandioso portal de Saqsaywaman (foto: Gabriela Kopinits)

Os expedicionários com o colega jornalista Juan Nuñez
O pessoal bacana do INC, de plantão em Saqsaywaman
Fomos bem recebidos e descemos a serra para o desayuno!! A tarde será para as despedidas e preparativos finais para o retorno nas primeiras horas deste primeiro domingo de 2009 – vamos partir em direção à Isla de Itaparica para mergulhar nas águas de Mamanjá e comer o acarajé da Neide na Barra do Gil.!! Ari para todos e estamos na dúvida – retornamos por Corumbá? Passamos em Cárceres via Cuiabá? Copacabana? Desaguadeiro? Ou descemos a Cordilheira pela floresta peruana amazônica com direito ao Acre e Rondônia!! Resolvemos mais tarde!! Vocês aguardem o próximo episódio!! Suspense na Cordilheira!! Valew, grato pela atenção!! Quando chegarmos cada um vai ganhar uma cruz andina!!
Em tempo – conhecemos duas mulheres corajosas que chegaram nesta madruga de Porto Velho numa C 10 – vieram pela Floresta Amazônica via Acre e disseram que a viagem foi tranqüila – de Rio Branco (AC) para Cusco são 720 kilômetros e quando a Transoceânica estiver pronta vai ficar fácil para quem quiser conhecer esta parte do planeta onde os estudiosos afirmam que aí está concentrada a maior biodiversidade do Planeta Terra!

O Q'oriqancha (foto: Victor Vargas)

55º dia – viernes – dia 02 – Cusco
Acordamos e fomos resolver a bronca da Frontier – acreditem – era apenas um fio desligado na bateria – não temos dúvida que fomos preservados!! Acabamos revisando o carro para o retorno da Expedição Da Capital do Forró à Capital do Império Inka – já marcado para o domingo dia 04 – afinal todo Expedição tem início, meio e fim! Almoçamos no Tronquito as delícias da culinária criolla / andina e fomos ao Q'oriqancha ver o que sobrou do cenário do Inti Raimy!

Pátio do Museu Inka, onde viveu Huascar Capac (foto: Victor Vargas)

Escultura de imperador inka (foto: Victor Vargas)
Fomos ainda ao Museu Inka – ficamos fascinado com a cultura do Império que chegou a ter sob os seu domínios uma área que atingia ainda o Chile, Bolívia, Peru e Equador!! Cerâmicas, múmias, pontes, agricultura, muito ouro e o domínio da astrologia, medicina e tantas área que na época os própios europeus piratas não sabiam nem que existiam – aconselhamos a todos que vierem a Cusco conhecer o Museu Inka!!

A beleza da cerâmica inka (foto: Victor Vargas)
Amanhã vamos arrumar a bagagem e começar o retorno – deixamos sementes germinando na área do Intercâmbio das Culturas Populares do Nordeste e Inka e a esperança do convite ser aceito pela reitoria e aplicarmos cursos de pós-graduação em Comunicação na Educação na Universidade Nacional de San Antonio Abad del Cusco - só temos a agradecer!! Gracias a Pachamama, a Inty e a todas as forças superiores que nos acompanharam até aqui!! Amanhã vamos clarear o dia em Saqsaywaman!!
A imagem que deslumbra quem primeiro vê Machupicchu (foto: Victor Vargas)

54º dia – jueves – dia 01 – Cusco
Praticamente não dormimos – saimos às três e meia da Casa Escondida e pela primeira vez o carro não pegou – sendo assim, pegamos um táxi e fomos para Ollantaytambo pegar o trem para Machupicchu – cortamos as primeiras horas do dia 01 de janeiro – com um piloto competente e gente muito boa – entramos no trem às sete e meia da matina já estávamos em Águas Calientes – Entramos na Cidade Sagrada por volta das oito e meia da manhã e vimos – além do batismo de Pitchu Pitchu – todos os pontos das áreas agrícolas, urbana e religiosa da Cidade Sagrada de Los Inkas – ponto de convergência de energia no Planeta e uma das sete maravilhas do mundo – vamos escrever sobre Machupicchu e disponibilizar aqui no nosso blog – na realidade o encontro de várias raças no primeiro dia do ano foi uma festa tupiniquim – acho que nós, brasileiros, éramos maioria – incrível!
O batismo de Pitchu Pitchu, com as bênçãos dos Apus Macchu e Wayna Picchu (foto: Gabriela Kopinits)
O Templo das Três Janelas (foto: Victor Vargas)

O Templo do Condor (foto: Victor Vargas)
Sentado no local onde ficava o "trono" real (foto: Gabriela Kopinits)
Mama Gabi, de chola, com Pitchu Pitchu (foto: Victor Vargas)
O luxuoso e caríssimo trem "Hiram Bingham" da Perurail (foto:Victor Vargas)
Descemos a serra - retornamos para Ollanta no trem das dezoito horas e chegamos em Cusco – exaustos pelas subidas e descidas e pelo deslumbramento de cada pedra sobre pedra nas três ventanas e nos templos do Sol e de Pachamama!! Chegamos nocauteados pelo visual e pela virada do ano na Cidade Sagrada dos parentes Inkas!! Ari!!!

Entrada para o sítio arqueológico de Ollantaytambo (foto: Victor Vargas)

53º dia – miercoles – dia 31 – Cusco
Acordamos às três da matina e disparamos para Ollantaytambo – iríamos pegar o trem das 5:37 para Águas Calientes e daí subirmos a Velha Montanha de Machupicchu – cortamos parte do Vale Sagrado – Chinchero e Urubamba – e vimos o dia clarear com o pessoal da Perurail dizendo que não havia retorno – logo, desistimos e demos a volta no Vale Sagrado – vimos que Urubamba é a maior comunidade do Vale e vimos também o Rio Vilcanota – que no final vira o nosso Amazonas – nos acompanhar durante a maior parte do trajeto com suas corredeiras, ideal para a prática do rafting! As forças superiores adiaram o nosso encontro com Machupicchu!!


No alto da montanha, as casas onde os inkas armazenavam os seus grãos (foto: Gabriela Kopinits)
Tudo bem ! Ary – amanhã, dia primeiro, vamos ao encontro do batismo de Pitchu em Machu e Waynapicchu!! Dormimos e vimos o ano novo entrar pelo foguetório que pipocava na Plaza de Armas e na zuada dos colombianos de Bogotá que chegaram com suas motos e tomaram muito vinho durante a madruga!!! Axé!! Haribol!! Que todos tenham um grande 2009 com muita saúde e PAZ!! Amanhã vamos sair às três e meia da madruga!! FELIZ ANO NOVO!!!!

Em Pisaq, com os amigos Mauro e Francisco (foto: Gabriela Kopinits)


52º dia – martes – dia 30 – Cusco / Corao / Pisaq / Cusco
Acordamos com o dia o totalmente nublado e muito frio, apesar das constantes chuvas! Logo cedo fomos a Pisaq e não encontramos o inka Nicanor – localizamos o quenista Pancho – que estava em Belo Horizonte traficando artesania e instrumentos de sua produção, o xamã Mauro Canteros e o artesão quéchua Eduardo, de Calca – esse conhece Trancoso, Arraial D´ajuda, Porto Seguro e outras quebradas calientes do nosso Brasil. Tudo bem!




Pessoal da Escola de Cerâmica de Ccorao (foto: Victor Vargas)


Na volta entramos em Corao e apuramos a matéria sobre a parceria, em uma Escola de Cerâmica, de uma ONG Coreana e a Associação de Moradores – no local uma grande Feria de Artesania e a possibilidade de registrar as relações sexuais das lhamas, vicunhas e alpacas – sem a menor cerimônia – a matéria vamos produzir e disponibilizar para o pessoal que nos acompanha aqui no nosso blog.




Produtos da escola de Ccorao (foto: Victor Vargas)



A nossa incursão no Vale Sagrado de Los Inkas nos possibilitou, mais uma vez, muita satisfação – tanto quanto a dos limenhos que se deleitavam no choclo com quesohavas com maiz ao molho de aji com a erva alcatay – tomamos chicha frutillada com maiz tostado e para completar ainda saboreamos palta!! Ari!!


Em Ccorao, o modo antigo de se construir casas, com adobe de barro (foto: Victor Vargas)


Vamos tentar deixar o nosso blog atualizado – afinal o ano está acabando no nosso calendário – antigamente os inkas tinham um calendário onde o ano começava no nosso mês de julho!!!!