domingo, 16 de dezembro de 2012

Mestre Luiz Galdino vai confirmar data de evento em Cusco

Estou em Caruaru aguardando a confirmação de datas para a oficina e exposição do amigo e Mestre Luiz Galdino em Cusco, no mês de junho de 2013. Outra boa notícia foi o encaminhamento das negociações para a participação de artistas de Caruaru no Arraial Cultural de Rio Branco / Acre - evento promovido pela Fundação Elias Mansour em julho de 2013. Para ilustrar, fica a imagem do criador (Mestre Luiz Galdino) e das criaturas da Orquestra Sanfônica, produzida na arte do barro do Alto do Moura.

Mestre Luiz Galdino e sua Orquestra Sanfônica

sábado, 8 de dezembro de 2012

Rumo à Interoceânica – descendo a Cordilheira

Sair de Cusco é sempre complicado – fica a sensação de “vou ali e volto já” – não é à toa que a cidade talvez seja a mais cosmopolita – proporcionalmente – da América do Sul. Além da energia da cosmologia inka, ficamos impregnados com os odores e sabores das misturas promovidas pelo povo quéchua. Não poderíamos deixar de dar a “volta olímpica” na Plaza de Armas e cortar as suas calles projetadas para as comitivas que transitavam na Capital do Império. Nunca consegui sair de Cusco antes do meio dia – hora boa – hora do MENU!!
Catedral de Cusco - maior acervo de arte sacra barrôca do mundo - Foto Marco Aurélio Ferreira
Passeando na Plaza de Armas - Foto Marco Aurélio Ferreira


Plaza de Armas - Foto Marco Aurélio Ferreira


 

Hare Pachacutec - Foto Victor Vargas


Artesão quécha expondo em Cusco - Foto Victor Vargas

Cheff e co-piloto Marco Aurélio na pedra de 12 ângulos - Foto Victor Vargas

Subindo e descendo as calles estreitas de Cusco - Foto Victor Vargas
 
Dessa vez sabia que sofreria um impacto forte – descer a Cordilheira – saindo de 3.600m de altitude – indo bater nos quase 5 mil e cair de “paraquedas” nos braços da Pachamama em plena selva – primeiro a peruana e, depois, logo depois, cortar o Rio Madre de Diós e mergulhar na Floresta Amazônica – os peruanos chamam de selva – legal – lembrei do imortal Jim das Selvas!! Se é pra descer – vamos descer – só não pode ser na banguela – as curvas da Interoceânica lembram o famoso U – ou seja – todo cuidado nessa hora é nenhum!!
Descida da Cordilheira via Floresta Amazônica

 



A Interoceânica chega pertinho do céu -Foto Victor Vargas

 

Forró nas Nuvens - Foto Victor Vargas


Urcos é o ponto de convergência – entroncamento – Panamericana, Interoceânica – e caminho para as cidades-polo da Cordilheira.

Picos Nebados emolduram a beleza andina - Foto Victor Vargas
Cholita pastorando as ovejas e lhamitas nos Andes - Foto Victor Vargas
A cholita e o cabalito - Foto Victor Vargas
Descer a Interoceânica é um espetáculo que deve ser diurno – a estrada é uma obra de arte da engenharia sulamericana – perfeita – o cenário vai do topo do céu à floresta – é como entrar em um daqueles elevadores com vista panorâmica e apertar o térreo – quem não estiver bem ou tiver problema com altitude pode sofrer crise de soroche – é sair com um KIT FRIO completo e horas depois ficar de camiseta procurando uma helada para degustar!!!
Os Picos Nebados acompanham parte do trajeto da Interoceânica - Foto Victor Vargas

 
Pé de Serra gelado - Foto Victor Vargas
A descida braba começou no escuro - Foto Victor Vargas
Descemos e administramos até onde o coração mandou – ficamos em Mazurco – passamos por área de garimpo na selva peruana e recebemos denúncias de derrame de mercúrio realizado pelos garimpeiros CHINOS – eles invadiram a região e mostram força para o confronto com a razão e o bom senso!
 
Placa indica a pontinha do mapa  - Foto Victor Vargas

Marca do Império Inka - Foto Victor Vargas

Cena do Centro de Puerto Maldonado - Foto Victor Vargas

Ponte sobre o Rio Madre de Dios - no Brasil Rio Madeira - cortando Puerto Maldonado - Foto Victor Vargas

Último pedágio peruano - Foto Victor Vargas

Cortamos Puerto Maldonado – a cidade parece que só tem transporte em motos adaptadas para levar três passageiros – e apresenta a maior biodiversidade do planeta – segundo a mídia internacional do gênero – muito calor e a presença da cultura dos povos da floresta.

Fronteira – chegamos na fronteira do Peru com o Brasil e passamos bem – sem problemas com os peruanos. No lado do Brasil a duanda já estava fechada e fomos recepcionados por Telmo Ribeiro – funcionário da Receita Federal e teatrólogo premiado – que nos orientou a pernoitar na cidade de Assis Brasil – pequenina, tranquila e aconchegante. No dia seguinte, não tivemos nenhum problema – apresentamos a documentação básica e estávamos – de novo – legalmente – em casa.


Encontro com o amigo dramaturgo Telmo Ribeiro - Foto Marco Aurélio Ferreira
A Interoceânica - pasmem - já está baleada nesta parte do Brasil - Foto Victor Vargas
 
Resolvemos, antes de partir para Rio Branco – a Capital do Acre e dos Povos da Floresta – conferir as ofertas da Zona Franca de Cobijas – cidade pequena boliviana que fica na tríplice fronteira amazônica – e constatamos que as ofertas realmente existem e servem para abastecer toda aquela região – tão distante dos centros de produção do continental Brasil. Compramos umas besteirinhas – lanterna e outras baboseiras.

Ficamos olhando a fronteira e escaldados entramos a pé - Foto Victor Vargas

 De novo na pista, cortamos os seringais – os mais famosos os de Xapuri – eternizados pelo saudoso Chico Mendes – jantamos em Capixaba e chegamos em Rio Branco no final da noite – muito calor e repouso da companhia – assustada com a mudança de temperatura e com saudade de Cusco.


Xapuri entrou no mapa do Brasil via Chico Mendes -Foto Victor Vargas

O despertar em Rio Branco foi na Fundação Elias Mansour – procuramos e achamos a sempre simpática Karla Martins – produtora cultural e amante das culturas populares – inclusive as produzidas em Caruaru e no Estado de Pernambuco, onde possui amigos, e já visitou em missões culturais. Fomos recebidos em grande estilo, abrimos as conversações para a inclusão do artesanato, música e dança de Caruaru no Arraial Junino 2013 de Rio Branco. A exposição itinerante com trabalhos da arte no barro do Mestre Galdino aportou na Casa dos Autonomistas – no Centro da cidade – numa deferência especial ao reconhecimento do talento e referência da arte criada pelo eterno Mestre Vitalino.
Memorial dos Autonomistas - local da nossa exposição itinerante - Foto: Victor Vargas
Palácio de Rio Branco - Foto: Victor Vargas


Missão cumprida, contatos amarrados – vamos partir direto para Vera Cruz – com escalas onde o corpo pedir.

 
Mergulhamos num mar de soja na Rondônia e Mato Grosso do Sul - Foto Victor Vargas
Fazenda de Soja na beira da BR - Foto Victor Vargas


O Agronegócio é marca de desenvolvimento do Centro- Oeste - Foto Victor Vargas
 
Passamos um dia cortando a Chapada da Diamantina e chegamos à noite em Vera Cruz Foto Victor Vargas
Fica a imagem do Mar de Soja e o deleite de viajar de Van pela América