Sair de Cusco é sempre complicado – fica a sensação de “vou
ali e volto já” – não é à toa que a cidade talvez seja a mais cosmopolita –
proporcionalmente – da América do Sul. Além da energia da cosmologia inka,
ficamos impregnados com os odores e sabores das misturas promovidas pelo povo quéchua.
Não poderíamos deixar de dar a “volta olímpica” na Plaza de Armas e cortar as
suas calles projetadas para as
comitivas que transitavam na Capital do Império. Nunca consegui sair de Cusco
antes do meio dia – hora boa – hora do MENU!!
 |
Catedral de Cusco - maior acervo de arte sacra barrôca do mundo - Foto Marco Aurélio Ferreira |
 |
Passeando na Plaza de Armas - Foto Marco Aurélio Ferreira
 |
Plaza de Armas - Foto Marco Aurélio Ferreira
|
 |
Hare Pachacutec - Foto Victor Vargas
 |
Artesão quécha expondo em Cusco - Foto Victor Vargas |
 |
Cheff e co-piloto Marco Aurélio na pedra de 12 ângulos - Foto Victor Vargas |
 |
Subindo e descendo as calles estreitas de Cusco - Foto Victor Vargas |
|
|
Dessa vez sabia que sofreria um impacto forte – descer a
Cordilheira – saindo de 3.600m de altitude – indo bater nos quase 5 mil e cair
de “paraquedas” nos braços da Pachamama em plena selva – primeiro a peruana e,
depois, logo depois, cortar o Rio Madre de Diós e mergulhar na Floresta
Amazônica – os peruanos chamam de selva – legal – lembrei do imortal Jim das
Selvas!! Se é pra descer – vamos descer – só não pode ser na banguela – as
curvas da Interoceânica lembram o famoso U – ou seja – todo cuidado nessa hora
é nenhum!!
 |
Descida da Cordilheira via Floresta Amazônica
|
 |
A Interoceânica chega pertinho do céu -Foto Victor Vargas
|
 |
Forró nas Nuvens - Foto Victor Vargas |
Urcos é o ponto de convergência –
entroncamento – Panamericana, Interoceânica – e caminho para as cidades-polo da
Cordilheira.
 |
Picos Nebados emolduram a beleza andina - Foto Victor Vargas |
 |
Cholita pastorando as ovejas e lhamitas nos Andes - Foto Victor Vargas |
 |
A cholita e o cabalito - Foto Victor Vargas |
Descer a Interoceânica é um espetáculo que deve ser diurno –
a estrada é uma obra de arte da engenharia sulamericana – perfeita – o cenário
vai do topo do céu à floresta – é como entrar em um daqueles elevadores com
vista panorâmica e apertar o térreo – quem não estiver bem ou tiver problema
com altitude pode sofrer crise de soroche
– é sair com um KIT FRIO completo e horas depois ficar de camiseta procurando
uma helada para degustar!!!
 |
Os Picos Nebados acompanham parte do trajeto da Interoceânica - Foto Victor Vargas
|
 |
Pé de Serra gelado - Foto Victor Vargas |
 |
A descida braba começou no escuro - Foto Victor Vargas |
Descemos e administramos até onde o coração mandou – ficamos
em Mazurco – passamos por área de garimpo na selva peruana e recebemos denúncias
de derrame de mercúrio realizado
pelos garimpeiros CHINOS – eles invadiram a região e mostram força para o
confronto com a razão e o bom senso!
 |
Placa indica a pontinha do mapa - Foto Victor Vargas |
 |
Marca do Império Inka - Foto Victor Vargas |
 |
Cena do Centro de Puerto Maldonado - Foto Victor Vargas |
 |
Ponte sobre o Rio Madre de Dios - no Brasil Rio Madeira - cortando Puerto Maldonado - Foto Victor Vargas |
 |
Último pedágio peruano - Foto Victor Vargas |
Cortamos Puerto Maldonado – a cidade parece que só tem
transporte em motos adaptadas para levar três passageiros – e apresenta a maior
biodiversidade do planeta – segundo a mídia internacional do gênero – muito
calor e a presença da cultura dos povos da floresta.
Fronteira – chegamos na fronteira do Peru com
o Brasil e passamos bem – sem problemas com os peruanos. No lado do Brasil a duanda já estava fechada e fomos
recepcionados por Telmo Ribeiro – funcionário da Receita Federal e teatrólogo
premiado – que nos orientou a pernoitar na cidade de Assis Brasil – pequenina,
tranquila e aconchegante. No dia seguinte, não tivemos nenhum problema –
apresentamos a documentação básica e estávamos – de novo – legalmente – em
casa.
 |
Encontro com o amigo dramaturgo Telmo Ribeiro - Foto Marco Aurélio Ferreira |
 |
A Interoceânica - pasmem - já está baleada nesta parte do Brasil - Foto Victor Vargas
|
Resolvemos, antes de partir para Rio Branco – a Capital do
Acre e dos Povos da Floresta – conferir as ofertas da Zona Franca de Cobijas – cidade
pequena boliviana que fica na tríplice fronteira amazônica – e constatamos que
as ofertas realmente existem e servem para abastecer toda aquela região – tão
distante dos centros de produção do continental Brasil. Compramos umas
besteirinhas – lanterna e outras baboseiras.
 |
Ficamos olhando a fronteira e escaldados entramos a pé - Foto Victor Vargas |
De novo na pista, cortamos os seringais – os mais famosos os
de Xapuri – eternizados pelo saudoso Chico Mendes – jantamos em Capixaba e
chegamos em Rio Branco no final da noite – muito calor e repouso da companhia –
assustada com a mudança de temperatura e com saudade de Cusco.
 |
Xapuri entrou no mapa do Brasil via Chico Mendes -Foto Victor Vargas |
O despertar em Rio Branco foi na Fundação Elias Mansour –
procuramos e achamos a sempre simpática Karla Martins – produtora cultural e
amante das culturas populares – inclusive as produzidas em Caruaru e no Estado
de Pernambuco, onde possui amigos, e já visitou em missões culturais. Fomos
recebidos em grande estilo, abrimos as conversações para a inclusão do artesanato,
música e dança de Caruaru no Arraial Junino 2013 de Rio Branco. A exposição itinerante
com trabalhos da arte no barro do Mestre Galdino aportou na Casa dos
Autonomistas – no Centro da cidade – numa deferência especial ao reconhecimento
do talento e referência da arte criada pelo eterno Mestre Vitalino.
 |
Memorial dos Autonomistas - local da nossa exposição itinerante - Foto: Victor Vargas |
 |
Palácio de Rio Branco - Foto: Victor Vargas |
Missão cumprida, contatos amarrados – vamos partir direto
para Vera Cruz – com escalas onde o corpo pedir.
 |
Mergulhamos num mar de soja na Rondônia e Mato Grosso do Sul - Foto Victor Vargas |
 |
Fazenda de Soja na beira da BR - Foto Victor Vargas
 |
O Agronegócio é marca de desenvolvimento do Centro- Oeste - Foto Victor Vargas |
|
 |
Passamos um dia cortando a Chapada da Diamantina e chegamos à noite em Vera Cruz Foto Victor Vargas |
 |
Fica a imagem do Mar de Soja e o deleite de viajar de Van pela América |