quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Lhamas com feira de Chinchero ao fundo (foto: Victor Vargas)

36º dia – domingo – dia 14 – Cusco / Chinchero / Cusco
O desayuno na Chincana Wasi é regado com leche, café, pan, queso, mantequilla, huevos, marmelada e sempre aquele mate de coca para facilitar o trânsito na altitude, digestão e mais uma infinita variação de coisas boas para o organismo e para a alma. Resolvemos que hoje seria um dia especial no Vale Sagrado. Pegamos a carretera que vai para Lima e passamos por pueblocitos quéchuas - com destaque para Poroy – parada do trem que vai para Águas Calientes e Machupicchu – falando do trem, os regedores do Peru estão questionando o monopólio da Perurail – empresa inglesa que explora, dentre outras linhas férreas, a que leva turistas do mundo inteiro para a Montanha que esconde a cidadela sagrada de los Inkas e considerada uma das sete maravilhas do mundo.
Paramos num mirador e constatamos que os picos nevados que anunciam a chegada a Chinchero estavam escondidos numa névoa que nesta época se mistura com as nuvens pesadas das chuvas que vez ou outra cai na região – por aqui a temporada de lhuvias começou – isso quer dizer que o frio fica oscilando entre 8 e 10 graus nas noites e durante o dia fica na variante de 15 a 18 graus, podendo chegar aos 22 no sol caliente da cordilheira – se vacilar, fica todo queimado. Chegamos a Chinchero e demos de cara com uma grande brincadeira de animadores culturais infantis divulgados ações do Ministério da Saúde. Um grande feira com a produção dos pueblocitos da região e muito artesanato de qualidade e com preços abalados pelo grande fluxo turístico – que a pequena Chinchero recebe em função de Cusco e Machupicchu.
Desfile na Plaza de Armas de Chinchero (foto: Victor Vargas)
Visitamos as ruínas arqueológicas da grande fazenda que o imperador Tupaq Yupanqui usava para fazer as experiências agrícolas – grandes terrazas e uma paisagem fascinante – na casa do Inka os espanhóis construíram um templo católico com imagens, pinturas e relíquias do barroco hispânico – inka do século XV.
Fascinados, voltamos a Cusco a tempo de ver uma Feira Internacional em defesa de todas as derivações da folha de coca. Ficamos impressionados com os efeitos da folha de coca no corpo humano – cura um monte de coisas e evita outra cacetada de doenças!! Este assunto vai ganhar um capítulo à parte e o mote da Feira com discursos inflamados era que "las hojas de coca no son droga" – nós também achamos e vamos agora tomar uma Mate de Coca – Ari!!

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